Dia do Professor!

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Ah! De vez em quando é bom se sentir valorizado. Na verdade é bom ser valorizado sempre!!!

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Comentário sobre o documentário “Criança, a alma do negocio”



 Criança, a alma do negocio
http://www.youtube.com/watch?v=dX-ND0G8PRU
http://www.youtube.com/watch?v=eq0gqEeaNL8&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=dX-ND0G8PRU&feature=related
Criança, a alma do negocio”, um vídeo documentário produzido por Marcos Nisti e dirigido por Estela Renner, que propõe uma profunda reflexão sobre o impacto das mídias e da sociedade de consumo exacerbado na formação psico-social de crianças e jovens adolescentes.
Para compreender melhor a complexibilidade do assunto, busquei a ajuda de autores como Malu Fontes, Gilles Lipovetsky e Jean Baudrillard entre outros, que discorrem criticamente sobre a sociedade de consumo e o papel da criança nessa organização.
Os pais e responsáveis pela criação de seus filhos, estando cada vez mais ausentes de seus lares em busca não só do sustento da família, mas também em satisfazerem seus desejos de consumo, deixam as crianças sob os “cuidados” da televisão, que incessantemente incute nos pequenos a euforia do desejo de comprar cada vez mais. Se para grande parte da população adulta é difícil resistir aos apelos televisivos, imagina-se que para crianças, ainda mais difícil.
Segundo Lipovetsky, (2007) a invenção e evolução do marketing contribuiram significativamente para o que ele chama de sociedade do hiperconsumismo, uma vez que vem desenvolvendo cada vez mais produtos e marcas voltadas a saciar o desejo de felicidade das pessoas. Desta forma,  já se descobriu que o investimento pesado em propaganda voltada ao público infantil é um negócio fantástico, que alimenta a indústria do consumo.
Nesse sentido, o estimo ao consumo mostrado no documentário e a influência das crianças sobre seus pais que buscam compensar-lhes de sua ausência, satisfazendo seus desejos formam a química perfeita para o mercado. A negação desses desejos causa tensão, frustração e segundo as próprias crianças até sofrimento quando não podem ser atendidas.
Como mostra o documentário, em alguns países, as propagandas voltadas ao público infantil, já são vetadas em determinados horários ou chegam mesmo a serem proibidas.
O Brasil ainda é um país que não tem muitas restrições ao marketing infantil e ainda produz peças de propaganda voltadas ao consumo do público adulto, mas que atraem direta ou indiretamente as crianças como comerciais de cerveja, com animais engraçados, atletas e artistas, propagandas e programas com crianças que se comportam como adultos decidindo o que querem e até o que os outros devem fazer ou não fazer.
Trazer o assunto para debate, não só nos meios acadêmicos, como também nos ambientes escolares é de suma importância para desenvolver um olhar mais crítico e responsável sobre a infância/adolescência brasileira e a sociedade de consumo da qual fazem parte.

Referencial teórico:
COUTO, E. S; GOELLNER, S.V. (Orgs.). Corpos mutantes: ensaios sobre novas(d)eficiências corporais. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2007.
LIPOVETSKY, Gilles. A felicidade paradoxal: ensaio sobre a sociedade de hiperconsumo.  São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

Osvalneide Cerqueira dos Santos
Pedagoga/UFBa, Pós-Graduada em Educação Infantil/FAP, Pós-graduanda em Tecnologias e Novas Educações/UFBa/Faced

Um comentário:

  1. Senhoras professoras, mães, pais e responsáveis pela educação das nossas crianças.

    Este vídeo documentário trata da influencia da mídia no desenvolvimento de crianças no mundo do consumismo. Como os apelos das propagandas ditam comportamentos e como pais e educadores lidam com isso.

    Particularmente, tenho uma filha que acabou de completar 5 anos e me preocupo muito com a formação da sua personalidade. percebi, a partir do video e das nossas discussões neste módulo, que apesar de proporcionar o melhor para ela, ainda tenho muito o que melhorar!

    Adivinha qual é um dos seus programas preferidos???...

    Acertou quem disse PASSEAR NO SHOPPING

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